RECOMENDADO PELA FUNDAÇÃO NACIONAL DO LIVRO INFANTIL E JUVENIL (FNLIJ) E PRESENTE NA FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO EM BOLOGNA, ITÁLIA. ESCOLHIDO PELO PNBE PARA ESTAR NAS ESCOLAS PÚBLICAS EM 2011. Divulgação das informações referentes aos caminhos trilhados pelo livro, sugestões metodológicas para o trabalho com a educação formal e não formal e agenda de contação das histórias contidas neste livro. Omo-Oba: Histórias de Princesas. Mazza Edições, 2009. Ilustrações de Josias Marinho.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
O RETORNO DE UMA LEITORA
Na noite do dia 05 de maio, fui à abertura da exposição Emblemas Afro Baianos de Rubem Valentim, com curadoria de Emanuel Araújo, numa parceria da Secretaria de Cultura de Diadema com o Governo de São Paulo e o Museu Afro Brasil. No meio de tantas obras de artes lindas, fui chamada num cantinho pelo MC Levy, presidente da Zulu Nation Brasil. Ele me apresentou uma mulher, Cláudia, mulher negra de grande valor e ela surpresa me disse: "É você Kiusam de Oliveira? É você a pessoa que escreveu Omo-Oba: Histórias de Princesas". Eu respondi afirmativamente e ele me disse: "Você não sabe o prazer que sinto por conhecê-la. Eu sou uma munícipe e usuária das bibliotecas do município. Todos os dias leio seu livro e algum outro. Mas vou te dizer: que história triste aquela da Olocum. Você viu o que o namorado dela fez? Ele contou o segredo dela que ela, em confiaçã havia contado para ele. Ele contou o segredo dela para todo mundo e Olocum virou motivo de gozação. Eu acho essa história muito triste." E eu lhe disse: "Pois bem, é o comportamento masculino que está em voga nesta história. Será que todo o homem é incapaz de guardar um segredo? Mas também´é importante pensar, porque você se emociona tanto com essa história. Com certeza, já viveu algo semelhante". Ao que ela respondeu: "Sim, dormi com um rapaz que no dia seguinte contou para toda a vila onde moro. Isso não é certo". "Eu também acho isso" - respondi. "E é para isso também que servem as histórias contadas em livros: para que possamos discutir o certo e o errado, o que nos magoa, muito obrigada por ler tanto meu livro". Ao que ela respondeu: "Obrigada por ter escrito livro tão bonito". Eu perguntei: "Você é uma omo-oba"? Ao que ela respondeu: "Eu sei que sou uma princesa".
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